A diabetes gestacional é um diagnóstico que pode surgir durante a gravidez e requer atenção especial para garantir a saúde tanto da mãe quanto do bebê. Apesar de ser uma condição considerada comum, pode ser prevenida e controlada com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

A gestação é um momento delicado em que o corpo passa por diversas mudanças hormonais e fisiológicas. Essas alterações podem afetar o metabolismo da glicose e levar ao desenvolvimento da diabetes gestacional.
No Brasil, a doença afeta 18% das gestações. Normalmente, o corpo utiliza a insulina para regular o açúcar no sangue, mas, durante a gravidez, as mudanças hormonais podem levar a um aumento na resistência à insulina. Quando o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente para superar essa resistência, os níveis de glicose no sangue aumentam.
A diabetes gestacional pode causar problemas como o crescimento excessivo do feto, complicações na gestação e no parto, e, até mesmo, a ocorrência de diabetes tipo 2 no futuro. Por isso, é fundamental que as mulheres grávidas realizem exames regulares para identificar precocemente o problema e iniciar o tratamento adequado.
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Como prevenir quadros de diabetes gestacional
A alimentação é o melhor modo de prevenção É importante evitar o consumo de alimentos processados e ultraprocessados, que possuem alta densidade calórica e alto teor de sódio como enlatados, biscoitos e salgadinhos, sorvetes, balas, bolos, sucos e bebidas açucaradas, pizzas, nuggets, entre outros.
Importante ressaltar também que mães portadoras de diabetes tipo 2 têm um risco maior de desenvolver diabetes gestacional. Para minimizá-lo, é fundamental realizar o controle rigoroso da glicose durante a gravidez.
Além disso, estudos apontam que o aleitamento materno ajuda a reduzir a glicose materna e o risco de diabetes. Ao passo que anticoncepcionais com altas doses de progestágenos aumentam esse risco.
Conheça os maiores fatores de risco
Existem vários fatores de risco que podem contribuir para a probabilidade de se desenvolver diabetes gestacional, incluindo:
– Idade avançada: mulheres com mais de 25 anos têm maior risco.
– Histórico familiar.
– Obesidade e sobrepeso.
– Histórico de diabetes gestacional em gestações anteriores.
– Quadros de síndrome dos ovários policísticos (SOP).
Diabetes gestacional: sintomas
A diabetes gestacional geralmente não apresenta sintomas óbvios, o que torna o diagnóstico um certo desafio. Alguns sinais que indicam essa condição incluem: aumento da sede e da micção, fadiga (mesmo após um repouso adequado), aumento de peso inadequado e infecções frequentes, já que a diabetes gestacional pode enfraquecer o sistema imunológico.
Entenda quais são os riscos

Além das consequências mencionadas, crianças nascidas após quadros de diabetes gestacional possuem maior risco de desenvolver obesidade, diabetes e síndrome metabólica no futuro. Assim, reforçamos: é importante manter a glicose materna controlada durante a gestação.
Além disso, a mulher com esse diagnóstico tem um maior risco de apresentar resistência à insulina ou diabetes no futuro. Dessa forma, embora se recomende a suspensão imediata da medicação após o parto, a mãe precisará fazer um novo teste de tolerância à glicose em 6 semanas. Caso o resultado apresente parâmetros normais, o acompanhamento passa a ser anual a partir de então.
Como realizar o diagnóstico?
O diagnóstico precoce da diabetes gestacional é importante para a saúde da mãe e do bebê, pois a doença está associada a várias complicações como: pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial da mãe), parto prematuro, macrossomia fetal com traumas e lesões no bebê na hora do parto, além de hipoglicemia fetal.
O rastreamento geralmente acontece durante o segundo trimestre da gravidez por meio do teste de glicose. No laboratório, a mulher grávida ingere uma alta dose de glicose, enquanto a equipe monitora a resposta do corpo. Se os resultados forem elevados, o próximo passo é realizar um teste mais aprofundado, chamado “teste de tolerância à glicose oral”, para confirmar o diagnóstico.
Atenção ao tratamento da diabetes gestacional
Em caso de diagnóstico positivo, o médico deverá solicitar que a paciente realize uma monitorização frequente (algumas vezes ao dia) da sua glicose através de testes de ponta de dedo (glicemia capilar).
Inicialmente, o tratamento consiste em uma mudança na alimentação e na prática de exercícios físicos. Caso o quadro persista, inicia-se o tratamento farmacológico, usualmente com insulina.
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