Candidíase masculina: O que é e quais os sintomas?

A candidiase costuma ser divulgada como uma doença relacionada somente o sexo feminino, o que é um mito perigoso! Homens também podem contrair a infecção, por isso é importante estar atento e bem informado.

O que é uma candidíase?

A candidíase é uma infecção causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida. Dentre a grande quantidade de agentes o principal é a Candida Albicans, que pode ser encontrada  em  80%  da  população  humana, sem  que  isso  implique  em  quaisquer efeitos prejudiciais à saúde. Esse patógeno faz parte dos microorganismos saudáveis do corpo e normalmente coexiste em equilíbrio na microbiota humana. Contudo, quando há um desequilíbrio a quantidade de Candida aumenta, surgindo a infecção.

O problema está mais associado às mulheres, por causa da recorrência: 3 em cada 4 mulheres terão algum episódio pelo menos uma vez na vida! Apesar disso, os homens também podem ser afetados: a cada 10, 2 contraem. 

A candidíase masculina acomete a pele ou as mucosas de áreas como a glande, o prepúcio (a pele que cobre a cabeça do pênis), a região genital, a boca e até mesmo a corrente sanguínea em casos mais graves.

Em geral, isso ocorre por falta de higienização genital adequada, excesso de pele prepucial ou ainda se a região está excessivamente molhada. “Deixar o órgão abafado e úmido por meio do uso prolongado de roupas molhadas (sungas de praia, por exemplo) ou fraldas causa o mesmo risco”, explica Bianca Macedo membro do Departamento de Infecções e Inflamações da Sociedade Brasileira de Urologia.

Além disso, tanto para homens como mulheres, a diabetes, o uso frequente de antibióticos e doenças que comprometem o sistema imune podem ser fatores propulsores. Ou seja, a candidíase não é considerada uma IST (infecção sexualmente transmissível), “ainda assim, um contato contínuo, de pele com pele, especialmente em situações íntimas, pode sim resultar em contágio”, alerta Macedo.

Como saber se o homem está com candidíase?

Isso pode ser um desafio, pois muitas vezes a candidíase masculina é assintomática. No entanto, alguns sinais indicativos incluem coceira, irritação, vermelhidão, ardência e até mesmo descamação. Se notar qualquer alteração incomum, busque orientação médica para um diagnóstico adequado.

Além da Candidíase peniana (balanopostite), outros tipos incluem:

  • Candidíase oral: comum em bebês e crianças. Também conhecida como sapinho, se manifesta como manchas brancas na língua, no interior das bochechas e na garganta, causando desconforto ao engolir e sensação de queimação.
  • Candidíase na pele: surge em áreas úmidas e quentes, como axilas ou virilha provocando manchas cutâneas vermelhas, frequentemente acompanhadas de coceira intensa e descamação da pele.
  • Candidíase intestinal: nesse quadro a Candida se multiplica devido a desequilíbrios na flora intestinal, como o uso prolongado de antibióticos ou condições que enfraquecem o sistema imunológico. Causa dor abdominal, inchaço, gases, diarreia ou constipação, e o aparecimento de pequenos resíduos esbranquiçados nas fezes.
  • Candidíase sistêmica: trata-se de uma forma mais grave, em que o microrganismo se espalha através da corrente sanguínea devido a questões críticas no sistema imunológico, como em pacientes com HIV não tratado e Aids, transplantados ou aqueles em terapia com medicamentos imunossupressores. Provoca febre, calafrios, dor muscular e articular.

Quais os sintomas?

Sintomas de candidíase masculina

Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa e dependem do tipo e da gravidade, como mencionado acima. Em geral, além da coceira e irritação, o paciente sente queimação ao urinar, presença de secreção branca ou esbranquiçada no pênis, inchaço e vermelhidão no prepúcio e na glande.

Em casos mais graves, pode ocorrer dor durante as relações sexuais e até mesmo pequenas lesões na pele.

Quanto tempo dura uma candidíase no homem?

A duração varia de acordo com diversos fatores, como a seriedade, a resposta à medicação e os cuidados adotados para prevenir a recorrência. Em geral, com a medicação adequada, os problemas tendem a melhorar dentro de 3 a 5 dias ou, no máximo, em uma semana.

No entanto, é importante seguir corretamente o receituário para garantir a completa erradicação do fungo e prevenir futuros episódios.

Qual o tratamento?

Para chegar ao diagnóstico, a análise clínica costuma ser suficiente. Se há dúvidas ou lesões preocupantes, o médico irá solicitar exames como isolamento do germe ou biópsias.

O tratamento envolve o uso de antifúngicos tópicos, como cremes ou pomadas, que são aplicados diretamente na área afetada. Para quadros mais graves ou recorrentes, o especialista pode prescrever medicamentos antifúngicos orais para ajudar a combater a infecção de dentro para fora. Além disso, a recomedação geral é manter uma boa higiene íntima, evitar o uso de roupas apertadas e úmidas, e praticar sexo seguro para prevenir a propagação.

Em situações excepcionais, a inflamação e dificuldades na cicatrização resultam em uma lesão que reduz a elasticidade da pele, dificultando a retração do prepúcio – trata-se da chamada fimose secundária. Por isso, ressaltamos a necessidade de procurar atendimento médico assim que os indícios forem detectados.

Ao tratar a candidiase masculina, pense em não apenas aliviar os sinais imediatos, mas também abordar as possíveis causas subjacentes e adotar medidas preventivas para evitar recorrências. Manter bons hábitos de higiene e praticar sexo seguro prevene infecções fúngicas e outras comorbidades.

Remédio para candidíase: aliado no combate à infecção

Os remédios desempenham um papel crucial no tratamento, pois funcionam combatendo o crescimento excessivo da Candida. Existem várias opções de medicamentos disponíveis, tanto tópicos quanto orais, que podem ser prescritos pelo médico, dependendo da gravidade e das necessidades individuais do paciente.

É válido seguir rigorosamente as instruções de uso e completar o curso, mesmo que os sintomas melhorem antes. Interromper o processo prematuramente pode permitir que o fungo se torne resistente ao medicamento, tornando mais difícil tratar infecções futuras.

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Autor: Farma22

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