Guia completo sobre a diabetes gestacional: causas, sintomas e mais

O período de gestação no corpo da mamãe é um momento de intensas mudanças e preparos, alguns cuidados extras com a saúde são mais que indispensáveis e, entre eles, está a atenção ao desenvolvimento do diabetes gestacional. Esse quadro é caracterizado pelo modo como as células fazem uso da glicose e a influência dos hormônios da própria mamãe.

Quer saber mais sobre o desenvolvimento e tratamento do diabetes gestacional? Então continue a leitura e confira o guia completo que preparamos para você cuidar da sua saúde e também do bebê!

O que é diabetes gestacional? Como é causada?

O diabetes gestacional é visto como uma baixa da intolerância à glicose durante o período de gestação[1], nesse sentido, mulheres que já possuem diabetes antes de iniciar a gravidez não entram nessa classificação.

Essa intolerância costuma aparecer no início ou mesmo durante o 3° trimestre da gestação, muitas vezes deixam de existir após o parto. Ela vem como uma resposta à resistência do organismo em frente à insulina, processo causado pelos próprios hormônios da gestação.

Essa forma de diabetes é mais comum do que parece, podendo afetar entre 2% e 15% das mamães dependendo da região. Alguns fatores de risco nesse público são importantíssimos para que o médico tome atitudes adequadas que garantam a segurança de mãe e filho, entre eles estão:

  • Casos de diabetes em parentes de 1° grau;
  • Idade acima de 25 anos;
  • Aumento de peso elevado durante a gravidez;
  • Antecedentes de diabetes gestacional;
  • Polidrâmnio (líquido amniótico excessivo);
  • Hipertensão;
  • Pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial) na gravidez;
  • Crescimento excessivo do feto;
  • Antecedentes obstétricos de morte fetal e neonatal.

Caso a gestante não apresente nenhum desses fatores, sua gravidez é considerada de baixo risco e em algumas situações o médico pode pedir exames para confirmação.

Valores que configuram a diabetes gestacional

No rastreamento do diabetes gestacional existe um valor de corte entre 85 e 90 mg/dl, um resultado laboratorial inferior a isso já é considerado negativo[2]. Lembrando que esse valor pode ser alterado de acordo com os recursos disponíveis para detecção e tratamento, além das propriedades locais.

Caso dois ou mais dos fatores de risco citados anteriormente sejam confirmados, um exame de glicemia em jejum pode ser pedido após a 20° semana de gestação mesmo com o resultado negativo. Se o primeiro teste for realizado já neste período, o segundo deve acontecer depois de um mês.

Se o resultado apresentar um número maior do que 90 mg/dl, o rastreamento é considerado positivo e o teste de diagnóstico deve ser solicitado de acordo com o grau de hiperglicemia de jejum.

Quais são os sintomas de uma diabete gestacional?

O diabetes gestacional normalmente é descoberto durante os primeiros exames feitos pela mamãe. No entanto, existem alguns sintomas observáveis, veja a lista completa:

  • Sede acima do normal;
  • Elevado ganho de peso;
  • Visão turva;
  • Náuseas;
  • Boca seca;
  • Cansaço excessivo;
  • Maior vontade de urinar;
  • Infecções constantes na pele, bexiga ou vagina;
  • Aumento elevado de apetite.

Vale ressaltar que alguns desses sintomas já podem ser vistos no dia a dia da gestante mesmo sem o desenvolvimento do diabetes gestacional. Por isso, o acompanhamento médico constante é mais do que essencial!

Riscos da diabetes gestacional para a mãe e o bebê

Os riscos da diabetes gestacional podem afetar tanto a mãe quanto o pequeno, entre eles podemos citar a não virada do bebê no momento do parto, além da elevação súbita da pressão[2]. O rompimento da bolsa amniótica antes da hora é outra complicação, o que acaba causando um parto prematuro. Veja outros riscos da diabetes gestacional para a mãe e o bebê:

  • Dificuldade para respirar por parte do bebê logo após nascer;
  • Risco de obesidade na infância ou adolescência;
  • Icterícia (bebê com a pele amarelada);
  • Hipoglicemia após o parto.

Quais os tratamentos para a diabetes gestacional?

Como já falamos por aqui, esse tipo de diabetes costuma ficar controlada ou deixar de existir logo após o nascimento da criança, o que pode exigir apenas o uso de alguns medicamentos para diabetes receitados por uma autoridade médica e dietas específicas[2]. No caso da gestante estar com peso elevado, a realização de exercícios aliada a uma dieta saudável é muito importante.

O uso de insulina também pode ser aplicado caso os métodos anteriores não resultem no controle da glicose. Depois que tudo isso passar ainda é preciso cuidado e acompanhamento médico para a mãe, já que ela pode desenvolver diabetes tipo 2 se não cuidar da saúde[3].

Lista: alimentos que você deve evitar para não agravar a diabetes

A dieta para quem tem diabetes gestacional inclui diferentes cuidados em sua formulação, entre eles está o cuidado para não comer diferentes fontes de carboidratos de uma só vez e não pular nenhuma refeição. Também é importante aderir aos carboidratos complexos – que são ricos em fibras – e preferir alimentos com baixo índice glicêmico, tais como:

  • Grão de bico;
  • Ervilhas;
  • Feijões;
  • Cenouras;
  • Laranja, maçã, pera e pêssego;
  • Pães e cereais integrais.

Alimentos ricos em proteínas também são muito bem-vindos, já que ajudam a equilibrar o açúcar no sangue. Opções como ovos, nozes, peixe, frango, sementes, tofu e quinoa são ótimos pedidos. Ah, não esqueça de evitar alimentos com grande quantidade de açúcar ou carboidrato. Eis alguns para ficar atenta e evitar o consumo:

  • Bolos e doces;
  • Biscoitos;
  • Alimentos processados;
  • Pudins;
  • Refrigerantes;
  • Ketchup;
  • Álcool.

Esperamos que esse post tenha esclarecido suas dúvidas a respeito do diabetes gestacional e reiteramos a importância do acompanhamento médico para a saúde da mãe e também do bebê. Compartilhe esse post com outras gestantes que você conhece e ajude a disseminar informações seguras.

Até a próxima!

Referências:

1- PADILHA, Patricia de Carvalho et al. Terapia nutricional no diabetes gestacional. Revista de Nutrição, v. 23, p. 95-105, 2010. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/rn/a/mVQbwBqBbnV6JdT67zBYWbC/abstract/?lang=pt > Acesso em 09 Jul 2022.

2-SCHMIDT, Maria I.; REICHELT, Angela J. Consenso sobre diabetes gestacional e diabetes pré-gestacional. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 43, p. 14-20, 1999. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/abem/a/hSngFgvTw4mTnqvz6bxDkNj/abstract/?lang=pt > Acesso em 09 Jul 2022.

3- DO CÉU ALMEIDA, Maria et al. Consenso “diabetes gestacional”: Atualização 2017. Revista Portuguesa de Diabetes, v. 12, n. 1, p. 24-38, 2017. Disponível em: < https://www.spmi.pt/wp-content/uploads/i023590.pdf >. Acesso em 09 Jul 2022.

Photo of author

Autor: Farma22

Deixe um comentário

Voltar ao Topo