A lavagem nasal é uma técnica simples e que contribui para a desobstrução das narinas. O resultado: alívio ao respirar. Aprenda como fazer o procedimento corretamente e tire suas dúvidas!
O método é indicado para diversos quadros de congestão nasal, pois ajuda a afastar agentes provocadores de infecções e inflamações como vírus, bactérias e fungos, que inalamos todos os dias. Além disso, aumenta a hidratação da mucosa nasal, diminui a carga viral de pacientes infectados e melhorar os sintomas nasais. Em resumo: mais qualidade de vida!
Não há um limite exato para a frequência, ou seja, o paciente pode fazer a lavagem quantas vezes precisar. O procedimento consiste em limpar a parte interna da cavidade do nariz usando seringas sem agulha e soro fisiológico. O mercado dispõe também de seringas voltadas especialmente para os pequenos! O produto tem uma proposta lúdica que facilita a aplicação do procedimento em bebês e crianças pequenas!
Neste conteúdo você vai aprender o passo a passo para fazer a lavagem nasal com soro, além de entender para quê exatamente serve essa técnica, quais insumos devem ser utilizados e em qual faixa etária o método pode ser aplicado. Vamos juntos?
O que é a lavagem nasal, para que serve e quando é indicada?
A lavagem nasal nada mais é do que a injeção de soro no interior das narinas, promovendo a limpeza dessa parte do aparelho respiratório. O líquido pressiona a saída das secreções acumuladas nas vias aéreas superiores, que tendem a ser eliminadas por força da gravidade. Trata-se de um procedimento físico e não medicamentoso.
A lavagem ajuda a aliviar a respiração nos quadros de resfriados, alergias, rinite e sinusite, que trazem muito incômodo à cavidade nasal. O popular nariz entupido pode durar até 10 dias, mas, dependendo das condições de saúde, se prolongam por semanas. Nesse sentido, a irrigação nasal traz bem-estar para a rotina do paciente!
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Estudos científicos apontam que realizar a lavagem nasal com soro é mais eficaz do que um tratamento com remédios. Além disso, contribui para barrar processos inflamatórios que geram e agravam casos de rinite e sinusite[1].
Não à toa, essa técnica vem sendo utilizada há cinco mil anos! Isso mesmo, derivada da Ayurveda, a lavagem nasal é um método terapêutico milenar indiano.
Quem pode fazer lavagem nasal?
Os especialistas indicam a lavagem nasal com seringa e soro para adultos e crianças, 3 ou 4 vezes ao dia, dependendo da necessidade da pessoa. O volume da seringa também pode variar conforme a intensidade do sintoma. Caso tenha dúvidas sobre a quantidade de líquido utilizada, consulte um médico ou farmacêutico de sua confiança.
É possível realizar essa técnica também em bebês, mas, para isso, é preciso estar atento a algumas medidas de segurança. A criança deve ser colocada no colo de frente para o espelho. O ideal é que uma outra pessoa segure a cabecinha, para que o bebê não se vire bruscamente e se machuque. Em seguida, basta injetar rapidamente de 2ml a 3ml de soro. Com isso, geralmente, o líquido flui por uma via e sai pela outra narina.
Quando a criança se acostuma com o procedimento, não será mais necessário segurar a cabeça dela. Assim, a aplicação será bem mais rápida e tranquila. Então, tenham paciência, papais e mamães.
Tutorial: como fazer lavagem nasal com soro e seringa
Confira um passo a passo de como fazer a lavagem nasal com soro e seringa, seja em crianças ou em adultos. A dica é que a aplicação aconteça sobre a pia do banheiro ou mesmo no chuveiro. Assim, a secreção vai direto para o ralo.
Veja agora os 4 pontos para realizar uma lavagem nasal corretamente!
1. Materiais necessários
Para realizar o procedimento de limpeza, os materiais são bem poucos. Você vai precisar de uma seringa sem agulha ou irrigador nasal e de soro fisiológico 0,9%.
No caso dos pequenos, indicamos o uso das seringa NoseWash, o primeiro dispositivo desenvolvido e fabricado no Brasil especialmente para lavagem nasal em bebês e crianças. O produto é atóxico, não alergênico, não contém nem látex, nem BPA. São vários modelos lúdicos que deixarão o processo mais fácil, seguro e divertido!
2. Preparação do material
A preparação consiste em encher a seringa com um volume entre 5ml e 10ml de soro fisiológico. Há vários tipos, no mercado, mas opte por uma de, pelo menos, 20ml. Outra informação importante: lembre-se de higienizar a seringa antes e depois de cada uso.
3. Injeção do soro na via aérea
A injeção do soro fisiológico na via aérea deve ser feita com a pessoa sentada ou em pé, injetando rapidamente todo o conteúdo da seringa. A cabeça deve estar levemente inclinada para frente e a boca ligeiramente aberta.
Evite realizar o procedimento com a pessoa deitada, especialmente as crianças. Isso porque, nessa posição, há grande probabilidade do líquido voltar pelos ouvidos, o que poderia ocasionar alguma infecção.
4. Excreção do líquido pela outra narina
Considera-se que a lavagem foi bem sucedida quando o soro é expelido por qualquer narina – mesmo que seja aquela em que o paciente injetou o líquido.
Nas crianças, a frequência depende da necessidade e da tolerância à realização da aplicação. Por isso, mais uma vez, é preciso paciência. Explique para os pequenos o que será feito e faça uma demonstração em você mesmo. Dessa forma, eles não terão surpresas e se sentirão seguros.
Qual seringa usar?
Escolha uma seringa de 20ml, mas preste atenção na ponta do material. Existem dois tipos de seringas. A primeira delas é a de ponta curta e em rosca. A segunda contém uma ponta longa que pode esbarrar no septo nasal e provocar desconforto e dor.
E não se esqueça de higienizar a seringa, caso ela tenha sido usada mais de uma vez. A dica é lavar bem o equipamento com água e detergente ou ferver o produto por alguns minutos. Os especialistas também recomendam utilizar um equipamento novo após cinco dias de utilização do anterior.
Qual é o soro indicado para a lavagem nasal?
O soro fisiológico mais indicado é aquele de concentração 0,9% de cloreto de sódio.
Agora uma dúvida bastante comum: o soro usado em quadros de sinusite é o mesmo daqueles usados em situações de gripe ou resfriado? Sim, podemos utilizar o mesmo item em todos os casos de congestão nasal. Mas, se você tem um quadro mais grave, como uma rinossinusite crônica, deve procurar um médico porque há casos em que é preciso recorrer a um produto de concentração maior.
Vale lembrar que a aplicação do soro fisiológico na lavagem nasal é um método sem contraindicações de idade, sendo muito barato e bastante eficaz. Alguns estudos comprovam, inclusive, que a técnica reduz os sintomas e a necessidade de anti-histamínicos orais em quadros alérgicos provocados por pólen, por exemplo. [2]
O que fazer se o soro não sair do outro lado?
Antes de mais nada, não se preocupe caso o soro não saia por nenhuma das duas narinas. Existem algumas explicações.
A injeção pode ter sido feita sem que a narina estivesse vedada pela seringa e, por isso, o líquido volta pelo mesmo lugar. Situações como desvio de septo e presença de pólipos também podem justificar esse cenário. É possível também que a substância vá direto para a garganta e seja engolida, o que não traz nenhum perigo ou risco para a saúde.
Alguns pacientes relatam dor ou ardência na narina, sangramento nasal e dor de ouvido. Mas, segundo os médicos, todos esses sintomas estão relacionados a algum erro no modo de aplicação.
O bebê pode engasgar, ter o tímpano perfurado ou ter catarro no pulmão?
Reforçamos: se realizada de forma correta, a técnica não oferece perigo algum. Mas muitos papais e mamãe têm dúvidas e inseguranças na hora de fazer a lavagem nas crianças, o que é bastante normal!
Para se certificar de seguir o procedimento certo e realizar a lavagem com segurança, recomendamos a ajuda de um especialista. Peça para que o pediatra ou o seu farmacêutico de confiança demonstre o passo a passo. Assim, você se sentirá mais confiante para cuidar de quem você mais ama.
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Referências:
[1] Huang S, Constant S, De Servi B, Meloni M, Culig J, Bertini M, et al. In vitro safety and performance evaluation of a seawater solution enriched with copper, hyaluronic acid, and eucalyptus for nasal lavage. Med Devices (Auckl). 2019; 12: 399-410. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6766585/>. Acesso em 01 Jul 2022.
[2] MARCHISIO, Paola et al. Irrigações Nasais com Solução Salina: Papel no Tratamento de Doenças do Trato Respiratório Superior em Crianças. IX Manual de Otorrinolaringologia Pediátrica da IAPO, p. 160-166, 2012. Disponível em: <https://cdn.gn1.link/iapo/manuals/br_Irrigacoes-Nasais-com-Solucao-Salina-Papel.pdf>, Acesso em: 01 Jul 2022.