A gripe, uma doença viral comum, atinge milhões de pessoas a cada ano. Os sintomas podem variar de leves a graves, impactando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Trata-se de uma infecção aguda do sistema respiratório, provocado pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão. Existem quatro tipos de vírus influenza/gripe: A, B, C e D. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.
Sintomas da Gripe
Antes de explorarmos os remédios para gripe, é crucial entender os sintomas associados a essa doença. Reconhecer os sinais iniciais pode ajudar na intervenção precoce e no tratamento eficaz. Os principais sintomas da gripe incluem:
- Febre Alta: é um sintoma clássico da gripe e geralmente está associada a um aumento repentino na temperatura corporal.
- Dores: muitas pessoas com gripe experimentam dores generalizadas no corpo, nas articulações ou na cabeça, o que pode levar a uma sensação de mal-estar.
- Cansaço excessivo: a gripe pode causar fadiga intensa, levando a uma diminuição significativa na energia e na disposição.
- Tosse e congestão nasal: irritação na garganta, tosse seca e congestão nasal são sintomas respiratórios comuns associados à gripe.
Importante ressaltar que o quadro clínico muda conforme a idade do paciente. Enquanto em adultos os sintomas podem variar de intensidade, nas crianças, a gripe costuma causar febre alta, sendo comum o aumento dos linfonodos cervicais. Elas também podem apresentar bronquite ou bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais. Já os idosos quase sempre se apresentam febris, mas, em geral, a temperatura não atinge níveis tão altos.
Alguns casos podem evoluir com complicações, especialmente em indivíduos com doença crônica, idosos e crianças menores de 2 anos, o que acarreta elevados níveis de morbimortalidade. As complicações mais comuns são:
- pneumonia bacteriana e por outros vírus;
- sinusite;
- otite;
- desidratação;
- piora das doenças crônicas;
- pneumonia primária por influenza, que ocorre predominantemente em pessoas com doenças cardiovasculares (especialmente doença reumática com estenose mitral) ou em mulheres grávidas.
Remédio para gripe com efeito imediato
O tratamento costuma ser feito com medicamentos antivirais que atuam especificamente sobre os vírus. É o caso, por exemplo, do Fosfato de Oseltamivir, indicado para todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e casos de Síndrome Gripal (SG) com condições ou fatores de risco para complicações.
Mas atenção: para produzir efeito, o medicamento deve ser administrado nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.
Além dos antivirais, o tratamento inclui remédios voltados para os sintomas, como os analgésicos e antitérmicos, que aliviam a dor e a febre. Também é recomendado repouso e hidratação.
O protocolo deve ser determinado sempre pelo médico, mas veja quais os principais medicamentos que costumam entrar no roll do combate à gripe:
- Paracetamol ou Ibuprofeno: eficazes na redução da febre e alívio das dores associadas à gripe.
- Anti-histamínicos: combatem os sintomas respiratórios, ajudam a aliviar a congestão nasal e reduzem a produção de muco.
- Xaropes expectorantes: contêm ingredientes como a guaifenesina, que reduz o muco, facilitando sua eliminação e proporcionando alívio da tosse.
- Vitamina C: fortalece o sistema imunológico e auxilia em uma recuperação mais rápida.
Lembre-se, é crucial consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento e seguir as dosagens apontadas em receita. Evite a automedicação excessiva e siga as orientações do seu médico.
Como se prevenir da gripe
A transmissão do vírus da gripe acontece por via respiratória, ou seja, quando o indivíduo inala partículas de secreção infectada em suspensão no ar. Assim, orienta-se a adoção de algumas medidas sanitárias que podem contribuir para evitar a contaminação. São hábitos comprovadamente eficazes na redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, especialmente as de grande infectividade, como vírus da gripe:
- Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento;
- Utilize lenço descartável para higiene nasal;
- Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir;
- Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Mantenha os ambientes bem ventilados;
- Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
- Evite sair de casa em período de transmissão da doença;
- Evite aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
- Adote hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;
Além desses hábitos, a principal orientação do Ministério da Saúde é: vacine-se! A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e suas complicações.
Por causa da constante mudança dos vírus influenza, todos os anos as instituições de saúde realizam um monitoramento global e frequente para reformular a vacina. Por isso, é necessário que a vacinação seja anual. O imunobiológico é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
E atenção: a vacina contra influenza não tem o vírus ativo, por isso não pode causar gripe. Algumas pessoas sentem reações após a aplicação do imunizante, como dor no braço, inchaço, vermelhidão e febre baixa, mas qualquer sintoma deve desaparecer após as primeiras 48 horas.
Qual a diferença entre gripe e resfriado?
Como mencionado, a gripe é causada pelo vírus influenza. Já o resfriado é provocado na maioria das vezes pelo rinovírus. Os principais sintomas são: coceira no nariz ou irritação na garganta, espirros, secreção e congestão nasal. Mas, ao contrário da gripe, a maioria dos adultos e crianças com resfriado não apresenta febre ou apenas febre baixa.
A congestão nasal é um sintoma comum que ocorre quando os tecidos do nariz ficam inflamados e inchados, muitas vezes devido a alergias, resfriados, sinusite ou irritantes. Aqui estão algumas dicas para aliviá-la:
- Inalação de vapor: Inalar vapor de água quente pode ajudar a desobstruir as vias nasais.
- Soluções salinas: Usar sprays ou gotas nasais com solução salina pode ajudar a hidratar as mucosas e aliviar a congestão.
- Descongestionantes: Medicamentos descongestionantes, como sprays nasais ou comprimidos, podem ser úteis, mas devem ser usados com cautela e por curtos períodos.
- Hidratação: Beber bastante água ajuda a manter as mucosas hidratadas.
- Umidificador: Usar um umidificador no ambiente pode ajudar a aliviar a congestão.
- Elevar a cabeça ao dormir: Isso pode facilitar a respiração durante a noite.
Se a congestão persistir ou estiver acompanhada de outros sintomas graves, é importante consultar um médico.
Vasoconstritores são medicamentos que ajudam a estreitar os vasos sanguíneos, reduzindo o fluxo de sangue em uma área específica. Eles são frequentemente usados para tratar congestão nasal, hipertensão e algumas condições cardiovasculares. Aqui estão algumas informações sobre o uso de vasoconstritores, especialmente em relação à congestão nasal:
Exemplos Comuns:
- Oximetazolina: Um descongestionante nasal que alivia a congestão ao estreitar os vasos nasais.
- Fenilefrina: Usado em sprays nasais e também em comprimidos.
Modo de Ação:
Os vasoconstritores atuam estimulando os receptores adrenérgicos, o que provoca o fechamento dos vasos sanguíneos e, consequentemente, a redução do inchaço e do excesso de muco.
Considerações:
- Uso Prolongado: É importante não usar sprays vasoconstritores por mais de 3 a 4 dias seguidos, pois pode ocorrer um efeito rebote, levando a uma congestão ainda maior.
- Efeitos Colaterais: Podem incluir secura nasal, irritação, aumento da pressão arterial e taquicardia.
Consulta Médica:
Se você tem condições pré-existentes, como hipertensão, ou está grávida, é fundamental consultar um médico antes de usar vasoconstritores.