Sabe a marquinha que quase todo mundo tem no braço? É resultado da vacinação da BCG! Descubra mais sobre o imunizante, suas reações e a importância para recém-nascidos.
A imunização BCG é uma das mais relevantes estratégias de saúde pública, prevenindo a tuberculose e suas formas críticas. Administrada logo no início de vida, essa vacina fortalece o sistema imunológico e diminui a transmissibilidade da doença. Tire as principais dúvidas sobre a vacinação BCG!

A vacina BCG serve para quê?
A vacina BCG é feita com uma versão enfraquecida da bactéria Calmette-Guérin e indicada para prevenir agravamentos da tuberculose, como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar. Contém ainda glutamato de sódio e solução fisiológica.
A BCG estimula uma resposta imunológica que reduz a gravidade da infecção, sendo essencial na primeira infância. A vacina está disponível para crianças menores de 5 anos de idade, mas, preferencialmente, deve ser fornecida uma dose única ao nascer em bebês de pelo menos 2 quilos.
Contudo, devido à disseminação de falsas informações, muitas famílias têm optado por não vacinar seus filhos. O estado do Espírito Santo, por exemplo, registrou uma cobertura de apenas 60,04% em 2023 – a menor taxa do país no ano. Graças a campanhas de incentivo e conscientização, essa realidade tem mudado: só no começo de 2024 a cobertura vacinal atingiu 85,65% em todo o país.
A vacina BCG dá reação?
O que acontece se nãA vacina BCG geralmente deixa uma cicatriz de até 1 cm de diâmetro no braço direito e causa respostas locais, como vermelhidão, inchaço e o surgimento de uma pequena úlcera no local da aplicação. Além disso, é possível a ocorrência de úlceras de maior extensão, aumento dos gânglios linfáticos e formação de abscessos na pele. Aproximadamente 10% dos imunizados apresentam inchaço nos gânglios.
Não há necessidade de nenhum preparo prévio e os sintomas mencionados, incluindo a marquinha, são esperados e naturais do processo imunológico. Ou seja, a princípio, não será preciso uso de medicamentos, curativos ou qualquer outro tipo de cuidado especial.
É preciso reaplicar a BCG se não aparecer cicatriz? Mito ou verdade?
Mito! A revacinação não é mais recomendada pelo Ministério da Saúde desde fevereiro de 2019.
Se observar qualquer sinal incomum, exija que o serviço de saúde responsável informe as autoridades sanitárias e busque um pronto atendimento. o tomar a vacina BCG?
O que acontece se não tomar a vacina BCG?
A ausência da imunização pode aumentar o risco de desenvolver quadros sérios, especialmente em menores de 5 anos. A vacina limita as chances de complicações e de disseminação.
Segundo o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, a incidência de tuberculose entre menores de 15 anos tem aumentado desde 2020. Em 2023, esse grupo representou quase 4% dos mais de 80 mil casos, com a maior concentração entre pessoas de 0 a 10 anos.
“Estamos vendo muitas pessoas dizerem que ninguém mais pega tuberculose e que, por isso, não vão vacinar. Mas a ciência mostra o contrário: quanto mais nossas crianças estiverem vacinadas, menores são as chances de pegarem a doença”, aponta a pesquisadora científica do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do Butantan Luciana Leite.
Para que serve a vacina BCG em recém-nascido?
A imunização realizada nos primeiros dias protege os bebês, especialmente em regiões onde a patologia ainda é prevalente. O principal objetivo da vacinação da BCG precoce é garantir que o organismo aprenda a reconhecer e combater o bacilo causador. No Brasil a tuberculose é endêmica e apresenta alta incidência em todo o território nacional. Assim, a probabilidade de exposição ao microrganismo desde cedo é significativa, tornando a vacina crucial para restringir os riscos de infecção e complicações.
Quando o recém-nascido deve tomar a vacina BCG?
A vacina deve ser aplicada em nenéns de pelo menos dois quilos, preferencialmente, após o nascimento. Aqueles que não receberem a vacinação BCG na maternidade devem ter a caderneta corrigida assim que chegarem ao posto de saúde ou, no máximo, até os 4 anos e 11 meses, segundo recomendação do Ministério da Saúde.
O pediatra Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que a recomendação se dá pela alta vulnerabilidade dos recém-nascidos à tuberculose. “As vacinas são organizadas dentro de um calendário em função de riscos. Não colocamos uma vacina no calendário da criança contra uma doença que acomete adolescentes ou idosos. Você organiza o calendário de maneira a cobrir a fase de maior risco de adoecimento. É justamente no primeiro ano de vida, quando a criança tem imaturidade do sistema imune, em que essas doenças são mais frequentes e mais graves, como pneumonia, coqueluche, difteria, paralisia infantil, tétano, meningite. Essas vacinas incluídas nas primeiras doses são para oferecer à criança maior proteção logo após o nascimento”.
Devo dar a vacina BCG no particular ou pública?
No Brasil, a vacinação BCG é ofertada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em unidades de saúde. Clínicas particulares também disponibilizam o imunizante, converse com o pediatra para obter mais orientações.
Quais são as 5 vacinas mais importantes?
Assegurar a vacinação é essencial para a segurança individual e coletiva. O ideal é acompanhar o calendário e vacinar-se corretamente. Mas, de maneira geral, as 5 vacinas mais importantes são:
- BCG: Previne formas graves de tuberculose.
- Tríplice Viral: Proteção contra sarampo, caxumba e rubéola.
- Hepatite B: Evita enfermidades hepáticas crônicas.
- HPV: Previne cânceres relacionados ao papilomavírus.
- Influenza: Reduz quadros preocupantes de gripe.
Quais são as vacinas do COVID?
Além das vacinas citadas, é muito importante manter a imunização contra o coronavírus. Em 2024, o Ministério da Saúde apontou mais de 100 mil casos e 500 mortes.
As vacinas existentes incluem:
- Pfizer/BioNTech
- Coronavac (Butantan/Sinovac)
- AstraZeneca/Oxford
- Janssen (Johnson & Johnson)
- Moderna
- Novavax
A Anvisa mantém um site informando a regulamentação do setor, a comprovação de qualidade, eficácia e segurança de cada uma dessas opções. Consulte aqui.
Atualmente, há indicação de novas doses apenas para idosos acima de 60 anos, menores de cinco anos e gestantes/puérperas.
Como conseguir a carteira de vacinação?
A carteirinha é fornecida nos postos de saúde antes da primeira aplicação. Caso não possua, basta ir até uma unidade do SUS para obter o documento.
O que fazer quando perder a carteira de vacinação?
Se perder a carteirinha, procure um posto de saúde onde tomou as vacinas para verificar o histórico. Também é possível consultar o Conecte SUS para acessar registros digitais.
lembre-se: a vacinação é um compromisso com a própria saúde e com a comunidade. Mantenha seu cartão atualizado e proteja-se!
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