As 6 principais doenças oculares que você precisa conhecer

Dia 10 de julho é o Dia da Saúde Ocular. A campanha tem como objetivo alertar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico de doenças oculares. Veja aqui quais as enfermidades mais comuns.

Foto aproximada de um olho azul.
A visão é um dos mais importantes meios de comunicação com o ambiente pois, cerca de 80% das informações que recebemos são obtidas dessa maneira.

Dados da Organização Mundial da Saúde, a OMS, mostram que cerca de  2,2 bilhões de pessoas, no planeta, têm deficiência visual. Dessas, pelo menos 1 bilhão têm algum tipo de problema que poderia ter sido evitado ou que ainda não foi tratado. Por isso, o Dia da Saúde Ocular tem como objetivo alertar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico de doenças oculares. Muitas, se não tratadas, podem levar à perda da visão.

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No Brasil, as principais doenças oculares atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são: erros de refração (miopia, astigmatismo, hipermetropia), catarata, glaucoma e doenças da retina (retinopatia diabética, retinopatia da prematuridade, degeneração macular relacionada à idade).

Catarata

A catarata é uma das principais doenças oculares que podem afetar a visão. Nessa condição, a lente do olho fica opaca, o que resulta em visão embaçada. É responsável por 47,8% dos casos de cegueira no mundo, acometendo principalmente a população idosa. Mas também pode ocorrer em jovens devido a fatores como lesões oculares, uso prolongado de medicamentos esteroides ou doenças como o diabetes.

O tratamento para catarata geralmente envolve cirurgia para remover a lente opaca e substituí-la por uma lente artificial. 

Glaucoma

O glaucoma é uma doença ocular grave que afeta o nervo óptico e pode levar à perda permanente da visão se não for tratado adequadamente. O problema é causado principalmente pelo aumento da pressão intraocular, que danifica gradualmente o nervo óptico.

Essa condição está relacionada ao envelhecimento da população e a fatores hereditário. Trata-se de uma doença silenciosa, pois, geralmente, não apresenta sintomas no estágio inicial. No entanto, à medida que a doença progride, os alertas aparecem: visão embaçada, dores de cabeça, visão de halos ao redor das luzes e perda gradual da visão periférica.

O tratamento para o glaucoma pode incluir o uso de colírios para diminuir a pressão intraocular, cirurgia a laser ou cirurgia convencional para melhorar o fluxo de fluido no olho. 

Degeneração macular relacionada à idade (DMRI)

A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma das principais causas de perda de visão em pessoas com mais de 50 anos. Essa condição afeta a parte central da retina, conhecida como mácula, que é responsável pela visão detalhada e central. A DMRI pode levar a uma perda gradual da visão central, tornando difícil ler, dirigir e reconhecer rostos.  Existem dois tipos principais: seca e úmida. A DMRI seca é a forma mais comum e ocorre quando as células da mácula começam a se deteriorar lentamente ao longo do tempo. Já a DMRI úmida é menos frequente, mas mais grave. Nesse caso, vasos sanguíneos anormais crescem sob a retina e vazam fluido e sangue, causando danos à mácula.

Embora não haja cura para a DMRI, existem opções de tratamento disponíveis para retardar sua progressão e preservar a visão. Eles incluem injeções de medicamentos antiangiogênicos para reduzir o crescimento anormal dos vasos sanguíneos, terapia fotodinâmica a laser e suplementos vitamínicos específicos para a saúde ocular.

As pesquisas mostram também que adotar hábitos saudáveis  pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver essa condição. Assim, é indicado manter uma dieta rica em nutrientes para os olhos e não fumar.

Retinopatia diabética

A retinopatia diabética é uma complicação do diabetes, que pode causar danos aos vasos sanguíneos, levando a um fluxo sanguíneo inadequado para a retina. Isso pode resultar em vazamento de fluido ou sangue para a retina, levando a danos e perda de visão.

Existem dois tipos principais de retinopatia diabética: não proliferativa e proliferativa. A retinopatia diabética não proliferativa é a forma inicial da doença. Neste quadro, os vasos sanguíneos da retina começam a vazar fluido e sangue. Na retinopatia diabética proliferativa, ocorre o crescimento de novos vasos sanguíneos anormais na retina, que são frágeis e propensos a sangrar.

O tratamento pode incluir laserterapia para selar os vasos sanguíneos vazados e prevenir o crescimento de novos vasos, injeções de medicamentos antiangiogênicos e, em casos mais avançados, cirurgia.

O controle adequado do diabetes é essencial para prevenir ou retardar a progressão da retinopatia diabética. Por isso, é fundamental que pacientes diabéticos cuidem de sua saúde ocular e façam exames oftalmológicos regularmente para detectar e tratar precocemente a retinopatia diabética.

Erros de refração

A refração acontece quando o feixe de luz proveniente de um ambiente externo atravessa o globo ocular formando a visão na retina. Quando esses feixes de luz são desviados e não chegam focados na retina, ocasionando falta de nitidez da visão, acontecem os chamados erros de refração.

Entre os mais comuns estão a miopia (dificuldade para enxergar objetos que estão longe), a hipermetropia (dificuldade para focar objetos próximos), astigmatismo (condição que causa distorção nas imagens) e  presbiopia, também chamada de “vista cansada” (dificuldade para enxergar de perto e de longe).

O tratamento dos erros refracionais é feito por correção óptica, em especial com uso de óculos ou lentes de contato. 

Sintomas que exigem atenção

Senhora é atendida por oftalmologista
É importante visitar o oftalmologista pelo menos uma vez por ano.

Cada uma das doenças citadas apresenta sintomas específicos, mas, em geral, é importante estar atento aos seguintes alertas: lacrimejamento, olho vermelho, secreção, purgação, crostas nos cílios, visão embaçada ou dupla, sensibilidade excessiva à luz, dores de cabeça, desvio ocular e alterações pupilares.

Principais cuidados com os olhos

A principal indicação para prevenir e diagnosticar precocemente as doenças oculares é visitar periodicamente um médico oftalmologista. “Nós temos que fazer consultas oftalmológicas, não só para avaliar a acuidade visual e prescrever auxílios óticos, mas também para prevenção de doenças como, por exemplo, o glaucoma, que não apresenta sintomas e, se não tratado adequadamente, pode levar à cegueira de forma irreversível”, alerta a médica oftalmologista, Adriana Sobral Lourenço.

Além das consultas regulares, alguns cuidados no dia a dia podem ajudar a evitar infecções e lesões, como não coçar os olhos, usar protetor ocular quando necessário, lavar os olhos com água limpa em casos de incômodo, atenção à maquiagens que podem provocar alergia e utilizar óculos escuros em ambientes com claridade excessiva.

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Autor: Farma22

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