A roséola infantil é uma doença viral benigna, mas que pode assustar pais e cuidadores devido à febre alta e às possíveis manchas que aparecem na pele. O tratamento é sintomático, focado no alívio da febre e no bem-estar da criança. Apesar de ser contagiosa, a doença é autolimitada e raramente gera complicações graves.
Descubra tudo sobre a roséola infantil: causas, sintomas, duração e tratamentos. E saiba como diferenciá-la do sarampo e proteger seu bebê!

A roséola infantil é uma doença viral comum que afeta principalmente bebês e crianças pequenas, geralmente entre seis meses e dois anos de idade. Causada pelo herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6) e, em alguns casos, pelo herpesvírus humano tipo 7 (HHV-7), essa condição é caracterizada por um episódio de febre alta seguido pelo aparecimento de uma erupção cutânea rosada.
Essa doença ocorre durante o ano todo e, com mais frequência, nos meses da primavera e outono. É possível haver surtos locais de pequeno porte.
O que causa a roséola infantil?
A principal causa da roséola infantil é a infecção pelo HHV-6, um vírus da família do herpes, que se espalha por meio do contato com secreções respiratórias, como saliva e gotículas, liberadas por espirros e tosse de indivíduos infectados. Se as gotículas pousarem sobre superfícies e as crianças tocarem nessas superfícies e, depois, no nariz ou na boca, elas podem ficar infectadas. A infecção é frequentemente transmitida pelo contato próximo com uma pessoa que tem a infecção, mas não apresenta nenhum sintoma, como um membro da família. Ou seja, não se sabe quando as pessoas são contagiosas e, por isso, reforçamos a importância de proteger a boca com as mãos ou, preferencialmente, com o braço, sempre que for tossir ou espirrar.
O HHV-7 também pode ser responsável pela roséola, mas com menos frequência. A transmissão ocorre de forma semelhante a resfriados comuns, tornando a infecção altamente contagiosa entre crianças pequenas.
Bebês e crianças pequenas estão mais suscetíveis por ainda não possuírem imunidade desenvolvida contra o vírus.
Conheça os sintomas
A roséola tem um padrão característico de sintomas, o que facilita seu diagnóstico:
- Febre alta repentina, acima de 39ºC, que dura entre três a cinco dias;
- Irritabilidade e fadiga, devido à febre elevada;
- Perda de apetite;
- Gânglios linfáticos inchados na região do pescoço;
- Erupção cutânea (exantema) rosada, que aparece após a febre desaparecer, geralmente no tronco, podendo se espalhar para rosto e membros;
- Olhos avermelhados e leve inflamação na garganta em alguns casos.
Entre 5% e 15% das crianças apresentam convulsões como resultado da febre elevada, especialmente porque a febre surge e se eleva rapidamente. Outra observação importante: a erupção cutânea não provoca coceira e pode durar de algumas horas a dois dias.
Veja como chegar a um diagnóstico
O diagnóstico da roséola infantil é baseado na história clínica e no exame físico da criança. Os pediatras geralmente identificam a doença pelo padrão característico de febre alta seguida por erupção cutânea.
Qual o tratamento para roséola infantil?
A roséola infantil é uma doença autolimitada, ou seja, desaparece sozinha sem necessidade de tratamento específico. Normalmente, as únicas indicações médicas se referem ao controle da febre:
- Hidratação constante, para evitar desidratação;
- Uso de antitérmicos, como paracetamol e ibuprofeno, sob orientação médica;
- Repouso adequado, garantindo conforto para a recuperação da criança;
- Ambiente arejado e fresco, para amenizar qualquer desconforto.
Mas não hesite em consultar um pediatra, caso os sintomas persistam ou piorem.
Quantos dias dura a roséola infantil?
A roséola dura, em média, 7 a 10 dias. A febre persiste por cerca de três a cinco dias, e, após seu desaparecimento, a erupção cutânea surge e permanece por um a dois dias, sem deixar cicatrizes ou manchas na pele.
Qual a diferença entre roséola infantil e sarampo em bebês?
Muitas vezes, a roséola pode ser confundida com outras doenças virais, como o sarampo principalmente pelas manchas avermelhadas. No entanto, existem diferenças fundamentais entre ambas:
- Padrão dos sintomas: Na roséola, a febre é o primeiro sintoma, seguida pelo surgimento da erupção quando a temperatura abaixa. No sarampo, as manchas aparecem ainda durante a febre e são acompanhadas por tosse intensa, conjuntivite e coriza.
- Aparência das manchas: No sarampo, as manchas são avermelhadas e apresentam uma textura mais rugosa, enquanto na roséola são rosadas e suaves.
- Vacinação: Existe imunização para o sarampo (tríplice viral), mas não para a roséola infantil.
- Complicações: O sarampo pode levar a complicações graves, como pneumonia e encefalite. A roséola, por outro lado, raramente gera complicações.
A criança pode ter roséola infantil mais de uma vez?
Na maioria dos casos, a infecção pelo HHV-6 confere imunidade vitalícia, ou seja, é improvável que a criança desenvolva a doença novamente. Já infecções pelo HHV-7 podem ocorrer posteriormente, embora sejam menos comuns e geralmente assintomáticas.
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