Os variados tipos de DIU (Dispositivo Intra Uterino) trouxeram mais opções de métodos contraceptivos para que as mulheres tenham maior controle sobre sua vida sexual e não sejam surpreendidas com uma gravidez indesejada.
O DIU é um método eficaz de fácil acesso, sendo que um dos tipos pode ser conseguido de forma grátis pelo SUS. O procedimento para inserção é rápido, não demandando cirurgia e nem anestesia.
Quer saber outras informações sobre o DIU? Neste post, você vai conhecer um pouco mais sobre os tipos de DIU, como agem no organismo, o tempo de validade e muito mais. Confira!
Os 4 tipos de DIU e suas características:
No mercado você vai encontrar 4 tipos de dispositivo intra uterino. O objetivo deles é o mesmo, porém o mecanismo de ação desse método anticoncepcional pode variar de material para material.
Sem contar que é preciso considerar o perfil, as características físicas e fisiológicas de cada mulher antes da colocação do método contraceptivo. A inserção do DIU e os valores de custo do produto também dependem do tipo de material escolhido.
Vamos entender as diferenças entre eles para que você saiba qual é o DIU mais seguro para seu corpo!
DIU de Cobre
O DIU de cobre é uma haste em T ou Y que é posicionada dentro do útero. O objetivo é inflamar a parede intrauterina e com isso, impedir uma possível gravidez.
O produto não libera nenhum tipo de hormônio, como a progesterona. Por isso, pode ser indicado para mulheres com histórico de câncer de mama.
Entretanto, aquelas que já sofrem com cólicas e fluxo menstrual intenso podem ter ainda mais dificuldades com a colocação do DIU de cobre. Ele tem validade média de 10 anos. Ou seja, ótimo custo benefício.
DIU de Prata
O DIU de prata é indicado para mulheres que apresentam algum efeito colateral ao DIU de cobre. Além disso, ele reduz a intensidade do fluxo menstrual e pode deixar as cólicas mais suaves nos primeiros meses.
O DIU de prata apresenta formato em Y e é um pouco menor do que a versão em cobre, facilitando o procedimento de inserção no útero. Ele apresenta um tempo de validade mais reduzido, aproximadamente 5 anos.
DIU Mirena
O DIU Mirena, também conhecido com DIU hormonal ou Sistema Intrauterino, é revestido com um hormônio sintético, o levonorgestrel. A substância deixa a parede do útero bem fina e altera o muco cervical, deixando o ambiente impróprio para a fecundação.
O Sistema Intrauterino pode ser o melhor DIU para mulheres que apresentam alto fluxo menstrual e fortes cólicas, já que provoca um processo inflamatório relativamente menor do que seus pares[1]. O DIU Mirena também é indicado para quem tem endometriose e adenomiose (atrofia do endométrio)
Aproximadamente 44% das mulheres que optam por esse método contraceptivo param de menstruar nos primeiros 6 meses. O DIU Mirena tem eficácia de 5 anos.
DIU Kyleena
O DIU Kyleena tem o mesmo mecanismo de ação do DIU Mirena. Então, qual a diferença? Ele se apresenta em formato em T e é ainda menor que a segunda opção, tendo apenas 30 milímetros de comprimento por 28 milímetros de largura e 1,55 de comprimento.
Ele carrega 19,5 miligramas de hormônio, liberando 17,5 mcg durante os primeiros 24 dias. Depois, a taxa cai para 15,3 microgramas. Apesar de liberar uma quantidade menor de substância, a eficácia do DIU Kyleena é semelhante, sendo que duas a cada mil mulheres ficam grávidas nos primeiros 12 meses de uso.
O DIU Kyleena é recomendado para pessoas que têm útero pequeno e também para adolescentes, protegendo contra gravidez indesejada por até 5 anos.
Qual DIU é mais seguro?
O DIU hormonal apresenta mais porcentagem de segurança do que os produtos de prata e cobre. As versões do DIU Mirena e Kyleena apresentam uma eficácia de 99,8%, enquanto os produtos não hormonais ficam entre 99,2% a 99,4%.
Para se ter uma ideia, a pílula anticoncepcional apresenta uma probabilidade de 99,7%, quando o tratamento é seguido à risca. Entretanto, se você esquecer de tomar o comprimido, a porcentagem cai para 91%. Além disso, se usado corretamente, o DIU é tão eficaz quanto os métodos contraceptivos considerados definitivos, como laqueadura e vasectomia. [2]
A diferença é que, no DIU, você não precisa se preocupar em manter uma rotina para administrar as pílulas, já que o aparelho faz isso automaticamente.
Qual DIU dura mais?
O DIU de cobre tem um período de eficácia de até 10 anos. Ele ainda pode ser mais vantajoso quanto aos efeitos colaterais, já que não libera hormônios.
Entretanto, é preciso consultar seu médico de confiança, já que a aceitação depende de organismo para organismo. Busque sempre ajuda médica especializada para tomar a melhor atitude!
Qual é o tipo mais barato?
O DIU de cobre é o mais barato, sendo mais acessível à população. Além disso, pode ter um custo-benefício maior, já que tem validade de até 10 anos.
Mas, ele também está disponível de graça pelo SUS (Sistema Único de Saúde) de forma gratuita, tanto o produto quanto a colocação. O procedimento dura até 15 minutos e para ter acesso, basta comparecer a uma Unidade Básica de Saúde com seu cartão.
Quanto custa para colocar o DIU?
O custo para colocar o DIU varia de profissional para profissional. Além disso, depende do tipo do dispositivo escolhido, podendo ir de R$ 500 até R$ 2,500.
Antes, a mulher precisa realizar três exames, que podem ou não estar inclusos no valor total do procedimento. Eles são o exame físico, o papanicolau e a ultrassonografia transvaginal.
O procedimento é realizado por um ginecologista. O médico da família também pode estar apto para realizá-lo, desde que receba treinamento e preparação para tal.
Como escolher o melhor DIU para você?
O DIU de cobre pode ser melhor para mulheres que tiveram câncer de mama. Já a composição do DIU de prata é mais interessante para aquelas que têm alguma rejeição ao DIU de cobre. O modelo hormonal é recomendado para quem sente muita cólica e tem alto fluxo menstrual.
Porém, quem vai dizer qual é o material ideal para você é seu médico de confiança! Então, na hora de escolher o tipo de DIU que vai ser o melhor para você, considere os exames realizados e a orientação do profissional.
Aproveite as informações que você viu aqui para tomar escolhas com mais segurança e construir um cenário de confiança quanto às decisões que envolvem seu corpo e seu futuro.
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Nos vemos lá.
Referências:
[1] SOARES, Esloane; DE MEDEIROS NETO, José Urbano; NETO, Pedro Gomes Calvalcante. Apresentação não usual de dois casos de uso de dispositivoIntrauterino hormonal-Mirena®. Disponível em: <https://scholar.googleusercontent.com/scholarq=cache:V9AJhBZIbyQJ:scholar.google.com/+diu+mirena+e+menstrua%C3%A7%C3%A3o&hl=pt-BR&as_sdt=0,5> Acesso em: 22/08/2022
[2] ABREU, Victórya Suéllen Maciel et al. FATORES ASSOCIADOS AO USO DO DISPOSITIVO INTRAUTERINO (DIU): REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA. Disponível em:< https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/join/2019/TRABALHO_EV124_MD4_SA50_ID452_13072019204440.pdf>. Acesso em: 22/08/2022