A noite não saiu bem como o planejado e aí não teve jeito – foi preciso recorrer à famosa pílula do dia seguinte. Mas até que horas é seguro tomar? A mulher menstrua depois disso? Garante 100% que a pessoa não engravide? Confira as respostas para essas e outras dúvidas.
Olha que dado interessante: segundo a Organização Mundial da Saúde, ainda que todas as mulheres do planeta usassem corretamente os métodos contraceptivos, aconteceriam cerca de 6 milhões de gestações inesperadas! Essa estimativa mostra o quanto é importante conhecer bem o próprio corpo e estar preparado para imprevistos.
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Como funciona a pílula do dia seguinte?
A pílula do dia seguinte, ou PSD, age de várias formas, mas sempre com o objetivo de evitar a fecundação.
O medicamento é capaz de inibir ou atrasar a ovulação, dificultando a penetração do espermatozoide no muco cervical. Além disso, caso a mulher não tenha ovulado, a pílula vai impedir ou retardar a liberação do óvulo. Mas atenção: se o óvulo fecundado já estiver implantado, a pílula não tem efeito algum.
Portanto, quanto mais cedo ocorrer a ingestão do medicamento, maiores a chances de evitar uma gravidez não desejada. Conforme indicação dos laboratórios, o uso no primeiro dia garantem uma eficácia de 95%. Se o consumo for a partir do segundo dia, essa porcentagem cai para 85%.
Como a pílula deve ser tomada?
Existem dois tipos de pílula do dia seguinte – a cartela com dois comprimidos ou de dose única. A dosagem hormonal em ambas é a mesma, o importante é que qualquer uma delas deve ser tomada até 72 horas após a relação sexual. No caso da cartela com duas pílulas, a segunda precisa ser ingerida 12 horas após a primeira.
Importante ressaltar que, mesmo quando tomado corretamente, de maneira geral, o medicamento falha em 15% dos casos. Isto é, a cada 20 mulheres que usam a pílula do dia seguinte, três engravidam. Por isso a PSD é um método de emergência e o ideal é que seja usada somente em ocasiões específicas, como na ruptura do preservativo, violência sexual ou relação sem uso de nenhum contraceptivo como a pílula anticoncepcional ou a camisinha.
Existe um limite de uso?
A pílula do dia seguinte é indicada no máximo uma vez por ano. Mas pesquisas mostram que essa regra não tem sido obedecida – muitas mulheres chegam a tomar o comprimido até três vezes em um único mês! Tornar esse método uma prática cotidiana é extremamente perigoso porque o medicamento perde a eficácia, aumentando o risco de gravidez. Além disso, a menstruação fica bastante desregulada.
Embora seja possível comprar a PSD sem receita médica, procurar a orientação de um especialista é indispensável.
Mitos e verdades sobre a pílula anticoncepcional
– Existem efeitos colaterais?
Sim. Os mais comuns são vômito, vertigem, dor de cabeça e dor nas mamas. E esses problemas podem piorar com o uso contínuo do medicamento.
– Usar a pílula do dia seguinte e o anticoncepcional comum ao mesmo tempo pode trazer problemas?
Sim. Uma dose da PSD equivale à metade de uma cartela do anticoncepcional tradicional, então imagine a quantidade de hormônio ingerido por uma mulher que toma as duas ao mesmo tempo?! Além dos efeitos colaterais, esse uso causará uma confusão considerável no ciclo menstrual.
Por isso, depois de tomar a PSD, é recomendado retomar o anticoncepcional comum só depois que a menstruação vier novamente. Durante esse intervalo, a mulher não estará protegida contra uma possível gravidez, já que a pílula do dia seguinte só funciona para a relação sexual que aconteceu antes do uso do medicamento. Então vale reforçar: todo esse processo deve ser acompanhado por um ginecologista.
– Existem contraindicações?
Sim. Não há idade mínima para o uso, no entanto, de forma geral, todas as contraindicações para a pílula anticoncepcional servem também para a do dia seguinte, ou seja, pacientes com hipertensão, problemas vasculares, doenças do sangue, obesidade mórbida e trombose não devem tomar a PSD.
Além disso, a pílula não deve ser usada por pessoas que usam medicamentos que interferem na ação dos hormônios, como tetraciclina, ampicilina, oxacilina, doxicilina e anticonvulsivantes.
– O uso frequente pode causar infertilidade?
Não. A PSD não causa infertilidade diretamente, mas os efeitos do uso abusivo podem prejudicar – e muito – a saúde da mulher, já que o medicamento provoca uma descarga hormonal muito intensa em um período curto de tempo.
Quais as chances de engravidar mesmo tomando a pílula do dia seguinte?
A pílula do dia seguinte é um método de contracepção de emergência destinado a prevenir a gravidez após uma relação sexual desprotegida ou falha no método contraceptivo regular. Embora seja eficaz, ela não é 100% garantida. As chances de engravidar mesmo após tomar a pílula do dia seguinte podem variar com base em vários fatores:
- Tempo de Uso: A eficácia da pílula diminui com o tempo. Ela é mais eficaz quando tomada nas primeiras 24 horas após a relação sexual desprotegida, com a eficácia diminuindo significativamente após 72 horas.
- Tipo de Pílula: Existem dois tipos principais de pílulas do dia seguinte: uma que contém levonorgestrel e outra que contém acetato de ulipristal. Ambas têm eficácias diferentes e podem ser afetadas por fatores como o peso corporal.
- Fase do Ciclo Menstrual: A eficácia da pílula do dia seguinte pode também depender da fase do ciclo menstrual em que a mulher se encontra.
- Índice de Massa Corporal (IMC): Em mulheres com um IMC mais elevado, a pílula do dia seguinte pode ser menos eficaz.
- Uso de Outros Medicamentos: Certos medicamentos ou suplementos podem reduzir a eficácia da pílula do dia seguinte.
Em geral, estima-se que a pílula do dia seguinte pode prevenir aproximadamente 85% das gravidezes esperadas quando usada corretamente. No entanto, este número é apenas uma média e a eficácia pode variar consideravelmente entre indivíduos e situações.
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